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Cuidando da higiene astral

Em recentes contatos com a espiritualidade, recebemos a incumbência de alertar a todos sobre a poluição do plano astral. Chamamos de “astral” a uma dimensão paralela ao mundo físico, bastante próxima, invisível aos menos sensíveis mas percebida pelos sensitivos, coexistindo e interpenetrando nossa realidade visível. No plano astral circula a maioria dos desencarnados que ainda não se libertaram do ciclo da reencarnação. Há colônias de tratamento, cidades, regiões mais evoluídas, setores ainda muito perturbados, enfim, todo um universo interagindo com o plano físico, principalmente devido aos sentimentos e pensamentos desequilibrados da humanidade. Recomendamos, para quem quer conhecer mais, a leitura dos livros de André Luiz psicografados por Chico Xavier, começando por “Nosso Lar”. A matéria do plano astral, embora mais sutil do que a matéria densa do plano físico, ainda é matéria. Nosso duplo etérico e nosso perispírito são formados por ela. A matéria astral é muito suscetível às nossas emanações emocionais e mentais. Ela é plasmável pela força do nosso pensamento. Ao emitirmos uma onda mental, criamos temporariamente uma forma-pensamento, uma espécie de nuvem densa que, como um “chip” de memória, retém a idéia e a mantém atuante enquanto durar a energia mental que a criou. Isso significa que, ao emitirmos um pensamento negativo de raiva, ódio, medo, vingança, essa forma-pensamento ficará poluindo o astral à nossa volta. Essas formas vão permanecer enquanto nós mantivermos pensamentos semelhantes e as alimentarmos. O problema da permanência dessas formas é que, mesmo quando decidimos nos modificar e alteramos o nosso padrão mental, elas aderem a nós, pois precisam do fluxo mental que as alimenta. São formas rudimentares de vida que não querem morrer. Quantas vezes você já se pegou tentando evitar um pensamento ruim e ele volta insistentemente? Você repele, ele volta. Parece que ele domina você. E se, após um grande trabalho e empenho de sua parte, finalmente você vencer a batalha, a forma-pensamento tentará alimentar-se em outra pessoa de seu convívio, desde que aí encontre um padrão semelhante de pensamento. É por essa razão que, muitas vezes, quando decidimos exercitar a tolerância, a compreensão, a paciência, o amor e o perdão, parece que todos à nossa volta resolvem nos irritar. Costumamos pensar que estamos sendo testados para ver se vamos persistir na boa intenção, ou acreditamos que espíritos inferiores nos atacam porque não querem que nos tornemos melhores. O fato é que, envolvidos demais com os desafios da vida física, não nos preocupamos com esses aspectos de nossa vida espiritual. Cuidamos da higiene de nosso corpo, de nossas roupas, de nossa casa, mas negligenciamos a higiene energética dos ambientes em que vivemos. Formas-pensamentos semelhantes acabam formando grandes aglomerados chamados de egrégoras e passam a atuar no inconsciente coletivo da humanidade. Assim fortalecidas, fica muito mais difícil combatê-las ou dissolvê-las. Qual é a sujeira mais difícil: a que limpamos todos os dias, ou a que deixamos acumular? Essa é uma verdade incontestável, no mundo físico ou no astral. As formas pensamento negativas devem ser dissolvidas através do comando da nossa vontade. Ao decidir mudar, não se esqueça do “orai e vigiai” e fique atento a seus pensamentos. Pensou negativo, imagine uma fogueira verde-limão queimando a forma-pensamento e desinfetando o ambiente. Mesmo que você não se lembre ou não tenha percebido alguns pensamentos, desenvolva o hábito diário de eliminar toda e qualquer emanação negativa do hoje, do ontem ou do amanhã que você tenha criado consciente ou inconscientemente. Aproveite a hora do banho, por exemplo, e visualize uma água verde-limão dissolvendo as formas-pensamentos negativas. Faça com muita convicção. Estamos despertando para o “politicamente correto”, o “ecologicamente correto”, porque não o “astralmente correto” ? E vale lembrar também que podemos criar formas-pensamentos positivas e alimentá-las com nosso amor, nossas orações, nossa conduta correta, nossa lucidez. Além de melhorar o ambiente, disciplinaremos nossa mente e contribuiremos para a evolução espiritual da humanidade. Maria Lúcia Sene Araújo